O que eu aprendi em 10 dias

Há 10 dias coloquei o primeiro post neste blog. Um tempinho. Ou um tempão, dependendo da medida usada. Divido com vocês as lições aprendidas e que não devem ser definitivas, já que a primeira delas é que a blogosfera é bem dinâmica. E bota dinâmica nisto! Enfim, lá vai...

- Tinha uma certa preocupação em atender aos comentários que aparecessem. Aprendi que posso, sim, respondê-los no atacado. Portanto, obrigadão a todos que passaram por aqui e deixaram seus rastros. Todos eles foram de estímulo entusiasmado!

- Aprendi que existe, sim, uma “blogosofia”. E estava crente que era eu o criador desta palavra, aliterada de Filosofia. Que engano! Blogosofia já aparece em qualquer busca na Internet. Em Português ou como “blogosophy”, em Inglês.

- Aprendi que existem acadêmicos estudando “comunicação mediada por computadores”, como aparece no espaço criado e mantido do por Alex Primo.

- Mas o mais importante foi aprender uma das respostas à pergunta no título do post anterior “... e o que é que eu estou fazendo aqui?”. Aprendi que posso estar aqui apenas para perenizar coisas que têm sido pensadas e que ainda não foram comunicadas. E, ao serem comunicadas, abrem-se para críticas, sugestões e colaborações.

É isso! Ou... pode não ser exatamente isso. E, se não for, vou continuar aprendendo. Por enquanto, acho que vou por aí. Escrever o que já foi pensado, às vezes até discutido, mas ainda não foi comunicado. Um exemplo: a Teoria do Repolho, que explica [ ou tenta explicar ] o que pode acontecer quando você substitui pessoas de uma empresa por... um repolho. Pura Ciência & Tecnologia, acredite! Com alguma diversão, claro!

Também é claro que ainda estou selecionando caminhos. E, nos que forem escolhidos, a gente caminha juntos. Agora vou lá aprender mais...

Iquiéquieutôfazendoaqui ?!?

Em uma palavra: bloguei!
Em mais palavras: desde o ano 2000, quando estabelecemos a missão de Novas Tecnologias na IBM Brasil, um dos pilares de sustentação desta nova missão era voltado para a educação interna. Educação em Novas Tecnologias, claro! E nesse caso, a abrangência da palavra "tecnologia" era muito maior do que a Tecnologia de Informática. A coisa tinha que ir muito além da "computaria" :-).
A forma mais prática que encontramos para encarar essa pedreira foi criar um canal de Novas Tecnologias na Intranet da IBM. E, por isso, apenas para o público interno. Deu certo! O canal divulgou a edição semanal de um artigo sobre Novas Tecnologias durante 382 semanas, sem nenhuma interrupção! Ilustrando: faz 7 anos e pelotinhas que a gente está nessa de publicar um artigo semanal na Intranet.
Durante todo esse tempo, aprendemos muito! Por exemplo: aprendemos que para uma galera mais jovem, desmistificar as coisas "peludas" da tecnologia era essencial e muito útil. Aprendemos também que era conveniente adotar uma linguagem adequada e próxima a este público jovem. Uma linguagem com forte oralidade, quase adolescente, como esta que está sendo usada aqui. Também aprendemos que a constância cativa. E é daí que se consegue um conjunto fiel de leitores. E aprendemos que, quando o leitor é fiel, ele volta na semana seguinte para ler a nova edição. Quando se sente à vontade com a sua própria fidelidade ao encontro semanal, transforma o canal de comunicação em uma via de mão dupla: opina, oferece e solicita.
Em algumas matérias o artigo vazou. Foi pra muito além da Intranet. Por isto, acabei encontrando alguns artigos postados em outros espaços. Uns autorizados, através de uma consulta prévia, outros nem tanto. Também ouvi gente dizer "...minha mãe adora ler os teus artigos de tecnologia porque ela diz que entende tudo!" :-)
Enfim, tava na hora de mudar. E a mudança está aqui.
Lá vai o "plano estratégico" [já viu blog com "plano estratégico"?!?]:
- Vou manter o estilo. Primeiro, porque deu certo dentro e pode dar certo fora. E segundo porque este estilo é meu e eu não tenho outro.
- Com aquela sensação de "... abre as asas sobre nós", vou aproveitar a liberdade deste novo espaço para ir além do que ia antes. Pra onde? Ainda não tenho a menor idéia. Mas vou. E vou tentar manter alguma conexão com a tecnologia. Afinal, ela é a minha praia.
- Sempre que possível, escrevo. E, se você quiser, comente. Não quero seu compromisso em comentar porque não posso te dar o meu de responder ao seu comentário.
- O grafismo com [colchetes] abundantes, exclamações & interrogações e alguns @ continua. Sem exagero, cl@ro!!!
- Vou tentar evitar [ mas já sei que não vou conseguir :-) ] o uso muitas de palavras em Inglês.
- Vou tentar evitar [ e sei que vou conseguir :-) ] outro exagero: o uso de recursos tecnológicos que aparecem a cada dia na Internet, tipo mashups, tags, muitos links e por aí vai.
Escrevendo este um que a gente nunca esquece, porque é o primeiro, estou notando que a minha contribuição aqui é apenas a metade [ ou menos ] do produto final. Escrevendo eu construo uma metade e você, lendo, constrói a outra metade. É bem isso que disse o Vik Muniz em outro contexto. Falando em Vik, a mostra dele que rola no MAM do Rio de Janeiro é imperdível. E alguém pode até pensar nessa hora "... aqui caberia um monte de links relacionados com Vik Muniz". Só que, como disse lá no "plano estratégico", eu não vou colocar nenhum porque seu eu colocasse links, te levaria apenas para eles, limitando a sua experiência de aquisição de conhecimento. Agora... se você procurar por si mesmo, estará usando a informação daqui para te orientar na busca de um mundo que pode ir muito mais longe do que os links que eu te desse. Notou a diferença?!?
Sabeduma? Acho melhor pluralizar o verbo lá da primeira frase! Sinto que, de fato, na primeira do plural fica bem melhor. Portanto, melhor dizer: blogamos! Eu e... todos vocês. Tô feliz!